terça-feira, 3 de novembro de 2015


A seguinte texto ira discutir sobre a avaliação classificatória, que e vista pro muitos estudiosos como um elemento que desfavorece a o processo de aprendizagem, ao classificar muitos alunos se sentem inferiores e acabam desistindo da escola, esse pode ser um dos problemas da grande evasão escolar de jovens em nosso pais.                                       




Ser professora: avaliar e ser avaliada 

Síntese 

Quando se pensa em escola consequentemente se vem à cabeça a avaliação, objeto que vem sendo constantemente discutido dentro e fora da escola. As criticas vem com o intuito de transformar a avaliação em algo diferente, que vem sendo acompanhada de propostas de mudança curriculares e transformação no sistema de avaliação, causando impacto na dinâmica em sala de aula, na gestão escolar e também na organização do sistema educacional. Por isto os autores vem apresentar suas indagações, reflexões, experimentações, controvérsias, trazendo suas experiências para o dialogo.
E cedida constantemente ao professor à tarefa de avaliar seus alunos, de informar o que cada aluno sabe e atribuir valores a se conhecimento, para que a sim seja exposta aos estudantes, a outros profissionais e aos pais. A tarefa de avaliar e dada como uma responsabilidade exclusiva do professor que deve apresentar o instrumento que será utilizado elabora-lo, aplicar tal instrumento e por fim analisar, tudo isso acompanhado de uma pressão decorrentes da repercussão do resultado na vida dos alunos e alunas. Tal processo que deveria partir de uma ação coletiva, e apenas partilhada com poucas pessoas, onde deveria estar sendo um processo coletivo e plural, que envolvesse todos que tivessem uma relação pedagógica.
A avaliação e vista no ambiente escolar, por professores e alunos, como uma pratica social que visa dar poder para manipular e dominar o mundo. A avaliação classificatória traz a ideia de mérito, julgamento, punição e recompensa, causando assim o afastamento dos sujeitos que se encontram constante mente nas praticas escolares. O conhecer e visto como um medidor, que mede o objeto o avalia para que ele possa ser exposto em uma hierarquia da sala de aula, da escola e da sociedade. Para se medir o conhecimento alunos e professores estão sempre rodeados de instrumentos e procedimentos, como provas, testes, exercícios, boletins. Tal instrumento vem com o intuito de substituir a subjetividade que constitui a dinâmica escolar, por um resultado quantitativo, que e compreendido como demonstração da aprendizagem adquirida.
Os autores acreditam que o processo de avaliação, que venha a medir o conhecimento para classifica-lo deve ser descartado pelo professor que quer proporcionar uma aprendizagem pra toda sua turma, pois esta e uma dinâmica que isola o sujeito, dificulta o dialogo, reduz o espaço de solidariedade e de cooperação e estimula a competição, portanto e ineficaz para o professor que deseja ensinar para todos os seus alunos e alunas.
O dia a dia na escola mostra como e delicado o entendimento que se tem entre sujeito e objeto do conhecimento. A avaliação impõe uma relação de poder sob o professor, pois remete uma ação do professor sobre os alunos. Mas de certa forma os valores impostas pela avaliação para os alunos, também dão valores a o professor, vista assim que o rendimento de sua turma indica seu desempenho, portanto o professor ao avaliar também e avaliado. Como o professor passa a ser avaliado, se torna também objeto. Deste modo passa a ser necessário o distanciamento sujeito/objeto para que seja feita uma boa produção do conhecimento e para a realização de uma dinâmica escolar eficaz. Assim chama de relação intersubjetiva que e baseada na classificação, e propõe transformar o outro em objeto.
Muitos dos professores tema avaliação como o único processo que conhecem, e ainda não conseguem escapar das relações na qual o processo escolar se traça entre estudantes, professores, famílias, procedimentos didáticos, organização pedagógica, relações pessoais, relações institucionais, afetos, projetos, contexto social, saberes, não saberes entre vário outro elemento relacionados ao ambiente escolar. Todo professor sabe que tudo a quilo que ele impõe ao aluno, recai sobre si mesmo, ele sabe que a avaliação quantitativa não e uma boa opção, mas, também sabe para excluir essa avaliação classificatória, que classifica e exclui, e preciso mudar muita coisa no ambiente escolar e em si mesmo.
Diante de tantas situações, os professores vivenciando tantos atos de avaliar e ser avaliado surge ambivalência da avaliação: e preciso classificar para ensinar, mas classificar não ajuda a ensinar melhor, nem a aprender mais, o ato de classificar gera a exclusão, e para se ensinar e indispensável à inclusão. O professor passa também a avaliar o aluno apenas observando, assim sendo capaz de julgar quando uma resposta, mesmo que esteja errada, representa algum avanço para alguns ou um esforço significativo para outros, ou então desinteresse, falta de compromisso. Este tipo de avaliação propõe que uma mesmo resposta pode ter valores diferentes, pois corresponde a um processo diferente, tendo que essa diferença não venha a ser classificadas ou medidas. As situações vividas no cotidiano em sala de aula mostram que a avaliação classificatória não e uma boa alternativa, que a avaliação deve trilhar novos caminhos.

Foi analisado ate o momento que a avaliação classificatória e um processo social profundamente marcado pela dinâmica de produção de conhecimento, características das ciências naturais. A autora considera a avaliação como tarefa escolar inscrita num conjunto de práticas sociais que tomam o conhecimento como meio para manipular e dominar o mundo, percebido mediante uma concepção mecanicista da natureza, fazendo-o funcionar segundo as determinações de um sujeito a-histórico, que conhece para prever os fenômenos e para controlá-los. A autora destaca em seu artigo que a prática de avaliação que pretende medir conhecimentos para classificar os estudantes, apresenta-se como dinâmica que isola os sujeitos, dificulta o diálogo, reduz os espaços de solidariedade e de cooperação e estimula a competição. Enfatiza, ainda, que essa prática exclui do processo ações indispensáveis para um contexto pedagógico favorável à aprendizagem, sendo, portanto, insuficiente para o professor que deseja ensinar a todos os seus alunos e alunas.
E na escola que vem sendo encontradas evidencias de que o processo avaliativo de mudar, e que de certa forma vem mudando por quem o pratica diariamente, onde às vezes uma atividade igual ganha um sentido diferente, e muitas das vezes nova praticas não passam apenas de uma nova versão das praticas que criticam. A avaliação tem sido pensada, pelos autores, como uma pratica de investigação que tem a possibilidade de distanciamento da avaliação classificatória. E no cotidiano que sempre estamos sendo avaliados, é e nele que temos que encontrar marcas dos caminhos que devem ser seguidos e percorridos, marcas que passam despercebidas, mas estão lá.  
Par que se pratique um novo método de avaliação e preciso novos instrumentos e procedimentos que ajudem a dar voz e visibilidade ao que e silenciado e apagado, para não, mas controlar e classificar mais sim compreender e interagir. E destaca possibilidade de produzir analises que compreendam e interajam com crianças das classes populares, que há muito tempo vem sendo negada nas escolas e por consequência se e negado o saber as mesmas.
Em virtude dos fatos mencionados concluísse que os autores acreditam que  a avaliação classificatória causa uma má impressão a seus críticos, que acreditam que este tipo de avaliação vem marcando, expondo e excluindo os alunos que não aprendem os educadores que não ensino, as famílias que não colaboram, os funcionários que não tem competência. Avaliar seria a possibilidade de compartilhar, um processo coletivo, onde todos se aventuram no conhecimento buscando seu autoconhecimento.

ESTEBAN, Maria Tereza. Ser professora: avaliar e ser avaliada, In: ESTEBAN, Maria Tereza (org.). Escola, currículo e avaliação. 2.ed. São Paulo, Cortez, 2005, p 13-37.   

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