segunda-feira, 30 de novembro de 2015


A avaliação não esta sendo praticada nas instituições de educação, o que vem ocorrendo e a verificação principalmente através de notas, medidas. Quando essa verificação e feita e o resultado e insatisfatório nada e feito para concertar a situação, e este ato vai gerando dificuldades para o aluno em toda sua vida escolar.      



VERIFICAÇÃO OU AVALIAÇÃO: O QUE PRATICA A ESCOLA? – Cipriano Carlos Luckesi. (síntese)

O seguinte texto, com autoria de Luckesi, trata-se de uma analise critica que ira expor a real situação da pratica escolar, que terá como principal objetivo responder a seguinte pergunta: a configuração formada pelos dados da pratica escolar, referentes aos resultados da aprendizagem dos educandos, define-se como verificação ou avaliação? a resposta dada será através de relatos de consequências para a pratica docente.
A aferição e uma pratica  que mede o aproveitamento escolar, baseando-se em medir o aproveitamento escolar, transformar esta medida em nota ou conceito e utilizar os resultados identificados. Nas escolas a aprendizagem dos alunos e medida através da quantidade de acertos de questões em uma prova, ou qualquer outra atividade, sendo assim a pratica escolar se baseia em medidas.
Luckesi coloca em seu texto a seguinte questão: sendo precária ou não, e importante compreender que na aferição da aprendizagem, a medida e uma ato necessário, assim tem sido pratica nas escolas.  Sendo assim ele acredita que a medida seja necessária no primeiro momento, pois e a partir dela que se pode dar um outro passo para a aferição da aprendizagem.
A segunda pratica do professor referente a aferição do aproveitamento escolar, esta relacionada a conversão da medida em notas ou conceito, no caso de notas seria dar valores numéricos como por exemplo, dez, oito, um, e assim por diante, e o conceito seria através de letras como SR(sem rendimento), SS (superior) ou por palavras denotativas como excelente, muito bom, regular, médio e assim por diante. Depois se e dada uma media, utilizando-se das notas, para se obter um resultado final da aprendizagem do educando no bimestre ou ano letivo, o autor assim coloca que mesmo nesta situação ainda ocorre uma indevida substituição da qualidade pela quantidade , tornando-se possível, mesmo que impropriamente, uma media de conceitos qualitativos.
Por ultimo, depois de obtidos os resultados, o professor pode apropriasse dos resultados para registrar em seu diário escolar, oferecer  oportunidade ao aluno de uma nova aferição ou aproveitar esses resultados e atentar para s dificuldades e trabalhar junto aos alunos em novos métodos para que eles aprendam aquilo que tinham que aprender, para no final obter o resultado desejado da aprendizagem.  
Quando se tem uma resultado final insatisfatório e dito a o aluno que ele vem a melhorar sua nota, mas não que estude a fim de obter um melhor aprendizado. Segundo Luckesi, do ponto de vista educativo, motivar o aluno a subir sua nota e não a aprendizagem passa a ser um desvio, para se buscar a mesma, mesmo assim e possível obter uma aprendizagem efetiva. A terceira e ultima utilização dos resultados seria utiliza-lo para despertar nos alunos uma aprendizagem ativa, inteligível, consistente. Contudo esta não tem sido a conduta adotada pelos educadores escolares.
            Diante das situações mencionadas logo acima, e possível notar que a aferição da aprendizagem escolar vem sendo praticada, na maioria das vezes, para classificar os alunos através de suas notas, em aprovados ou reprovados. Mesmo quando e obtido um resultado negativo de aprendizagem e dada uma nova oportunidade ao aluno, prevalece o ao de “melhorar” a nota do educando, para que assim ele seja aprovado.
               Verificar seria buscar “ver se algo é isso mesmo...”, “investigar a verdade de alguma coisa...”. O processo de verificar começa com a observação, obtenção, analise de sínteses ou dados de um objeto ou ato a ser verificado, e termina no momento em que se alcança uma conclusão. Além disso a verificação não implica que o sujeito retire dela novas e significativas consequências.
              Avaliar seria “dar valor a...”, atribuindo um valor ou qualidade a alguma coisa, que vem a implicar num posicionamento positivo ou negativo de algo, podendo assim ter uma tomada de decisão favorável ou desfavorável ao objeto avaliado, podendo haver uma consequente decisão de ação. O ato de avaliar sugere um valor ou qualidade a um objeto, que por sua vez e comparado com um determinado padrão de qualidade estabelecido para aquele objeto, assim se pode obter um posicionamento, e a diante uma nova decisão, de manter o objeto como esta ou atuar sobre ele.
           Diante dos conceito que Luckesi descreveu para verificação e avaliação, e percebendo que a verificação e uma ação que “congela” o objeto e a avaliação vem por sua vez direcionar o objeto numa trilha dinâmica de ação, afirma que as escolas brasileiras vem atuando com verificação e não com avaliação da aprendizagem. Denota que a resultado da aprendizagem esta sendo usado para classificar o educando, e assim se encerrando, nada decorrendo daí.
           Vendo que são muitos poucos os professores que praticam o ato de avaliar, e assim compreendem os avanços, limites e dificuldades que os educandos estão passando, Luckesi mais uma vez reforça a ideia de que a pratica educacional brasileira vem, quase que na totalidade, operando como verificação. Isto vem causando um processo negativo para a melhoria da qualidade e do nível de aprendizagem dos educandos e desenvolvendo um ciclo de medo nas crianças e jovens pela reprovação.
            Se utilizando de fatos do cotidiano, que comprovam que o movimento real da aferição da aprendizagem escolar se resume em um ato de verificação e não de avaliação, e tendo em vista que a avaliação seria o método mais indicado para a melhoria dos resultados da aprendizagem do educando, Luckesi propõe no decorre do texto alguns encaminhamentos para a melhor forma de condução do ensino escolar.
            Em primeiro lugar propõe o uso da avaliação do aproveitamento escolar, que não venha a ser a aprovação ou reprovação do educando, mas o direcionamento que o educando venha a adquirir conhecimentos e desenvolve-los. Mas para que a avaliação seja utilizada de forma correta e necessário seguir um padrão mínimo de conhecimento, habilidades e hábitos  que os educandos devem adquirir, diferentemente de notas, como ocorre hoje nas escolas. Com isto Luckesi exemplifica no texto um tipo de avaliação que ele acha ser conveniente para garantir a socialização do saber no contexto escolar.
           Se pararmos para pensar quem esta trabalhando no ensino deveria ao menos estar interessado em que os educandos aprendam, mas Luckesi reforça que isto não ocorre, sabendo que a  pratica da avaliação da aprendizagem, em seu sentido pleno, só poderá ser adquirida se tal ato acontecer. Mas o sistema social mostra o desinteresse em que o educando aprenda, já que a pouco investimentos na ares de educação, tanto no ponto de vista financeiro como também pedagógico.
          Mesmo não querendo tratar da questão do rigor cientifico e técnico, Luckesi o cita no texto como um dos encaminhamentos para a melhor forma de condução do ensino escolar, acreditando que se a pratica educativa ea avaliação sendo conduzidos com um determinado rigor cientifico e técnico, a avaliação venha a ser tornar um instrumento significativo da pratica educativa.
            No capitulo IV do texto, Lukesi volta  mais uma vez a comentar sobre o tema relacionado a diferença entre avaliar e examinar, pois vivenciando cenas do cotidiano, onde ver a mudança de crianças que saem da fase um, do ensino fundamental, para a fase dois, em relação sobre o que e a avaliação para elas, acredita que os conceitos e valores dão um grande salto, para pior, reforça dizendo. Essas crianças vinham de uma experiência de investimento no processo e passaram para uma experiência de um investimento no produto. Acredita que o ato de examinar não se preocupa se os estudantes aprenderam com qualidade, mas somente classifica os que aprenderam e os que não aprenderam.
           Luckesi ver a avaliação como diagnostica, pois tem como função investigar a qualidade do desempenho dos estudantes, podendo assim proceder ou não em uma interrupção para uma melhoria dos resultados, achando importante verificar o que foi aprendido como também o que não foi e ainda precisa ser reforçado. Assim o educador estará investido no processo e não só no produto. E cita mais uma vez as crianças, que acredita terem sofrido imposições da autoridade do sistema escola, e passaram a se importar com as notas e não mais com o aprendizado.
          Investir apenas no produto e o mesmo que aceitar a nota que o aluno tirou, e que ele não consegue ir além daquilo, assim dando por encerrado o processo. Não importando o resultado, seja ele positivo ou negativo, foi esse o obtido pelo educando. Já se for levar em consideração o processo, caso o aluno tenha um resultado negativo, terá que intervi para que a aprendizagem seja positiva, assim de toda forma agindo para atingir um produto, mas não qualquer produto, o melhor produto buscado.
          Para Luckesi a pedagogia que esta por trás de atividades escolares que buscam a preparação dos estudantes para o vestibular, e uma pedagogia que trata o ser humano como um ser que nasce pronto, não como um ser inacabado, para que estes educadores  pratiquem  o real significado de avaliação, e preciso que eles vejam o educando como um ser em movimento. “Os resultados não nos chegam, eles são construídos”.
          Luckesi termina este capitulo com um discurso dizendo que já esta mais do que na hora de por em pratica tudo o que foi discutido, esta na hora de investir no processo, pois só assim crianças e adolescentes criaram para si mesmo os valores que lhes orientaram na vida, abandonando esta ideia de buscar notas e não a qualidade. A avaliação da aprendizagem, deve ser absolvida para dentro das salas de aula, transformando bons discursos em boas ações.
          No capitulo V Lukesi cita três  razoes que geram dificuldades para que os professores passem a deixar de lado  hábitos antigos, que utilizam o exame, para novos hábitos que venha a utilizar a avaliação. A primeira razão seria as contribuições da historia da educação, a segunda o modelo de sociedade no qual vivemos e por ultimo a repetição inconsciente que ocorreu com cada um de nós, ao longo de nossa vida escolar.
           Ao final de seu texto Lukesi convida a todos os educadores a deixar as praticas antigas de lado e inovar com novas praticas, pois acredita ser este o principal caminho par se obter bons resultados, no que se diz respeito aos educandos, na aprendizagem escolar. Ainda a um grande caminho a ser percorrido para que a avaliação venha a substituir o ato de examinar.    


Referencia bibliográfica

 LUCKESI, Cipriano Carlos. Verificação ou avaliação: o que pratica a escola? In: LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e proposições. 22. Ed. São Paulo: Cortez, 2011, p. 45-60.         

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