A avaliação não esta sendo praticada nas instituições de educação, o que vem ocorrendo e a verificação principalmente através de notas, medidas. Quando essa verificação e feita e o resultado e insatisfatório nada e feito para concertar a situação, e este ato vai gerando dificuldades para o aluno em toda sua vida escolar.
VERIFICAÇÃO OU AVALIAÇÃO: O QUE PRATICA
A ESCOLA? – Cipriano Carlos Luckesi. (síntese)
O seguinte texto, com autoria de
Luckesi, trata-se de uma analise critica que ira expor a real situação da
pratica escolar, que terá como principal objetivo responder a seguinte pergunta:
a configuração formada pelos dados da pratica escolar, referentes aos
resultados da aprendizagem dos educandos, define-se como verificação ou
avaliação? a resposta dada será através de relatos de consequências para a
pratica docente.
A aferição e uma pratica que mede o aproveitamento escolar,
baseando-se em medir o aproveitamento escolar, transformar esta medida em nota
ou conceito e utilizar os resultados identificados. Nas escolas a aprendizagem
dos alunos e medida através da quantidade de acertos de questões em uma prova,
ou qualquer outra atividade, sendo assim a pratica escolar se baseia em medidas.
Luckesi coloca em seu texto a seguinte
questão: sendo precária ou não, e importante compreender que na aferição da
aprendizagem, a medida e uma ato necessário, assim tem sido pratica nas
escolas. Sendo assim ele acredita que a
medida seja necessária no primeiro momento, pois e a partir dela que se pode
dar um outro passo para a aferição da aprendizagem.
A segunda pratica do professor referente
a aferição do aproveitamento escolar, esta relacionada a conversão da medida em
notas ou conceito, no caso de notas seria dar valores numéricos como por
exemplo, dez, oito, um, e assim por diante, e o conceito seria através de
letras como SR(sem rendimento), SS (superior) ou por palavras denotativas como
excelente, muito bom, regular, médio e assim por diante. Depois se e dada uma
media, utilizando-se das notas, para se obter um resultado final da
aprendizagem do educando no bimestre ou ano letivo, o autor assim coloca que
mesmo nesta situação ainda ocorre uma indevida substituição da qualidade pela
quantidade , tornando-se possível, mesmo que impropriamente, uma media de
conceitos qualitativos.
Por ultimo, depois de obtidos os
resultados, o professor pode apropriasse dos resultados para registrar em seu
diário escolar, oferecer oportunidade ao
aluno de uma nova aferição ou aproveitar esses resultados e atentar para s
dificuldades e trabalhar junto aos alunos em novos métodos para que eles
aprendam aquilo que tinham que aprender, para no final obter o resultado
desejado da aprendizagem.
Quando se tem uma resultado final
insatisfatório e dito a o aluno que ele vem a melhorar sua nota, mas não que
estude a fim de obter um melhor aprendizado. Segundo Luckesi, do ponto de vista
educativo, motivar o aluno a subir sua nota e não a aprendizagem passa a ser um
desvio, para se buscar a mesma, mesmo assim e possível obter uma aprendizagem
efetiva. A terceira e ultima utilização dos resultados seria utiliza-lo para
despertar nos alunos uma aprendizagem ativa, inteligível, consistente. Contudo
esta não tem sido a conduta adotada pelos educadores escolares.
Diante das situações mencionadas
logo acima, e possível notar que a aferição da aprendizagem escolar vem sendo
praticada, na maioria das vezes, para classificar os alunos através de suas
notas, em aprovados ou reprovados. Mesmo quando e obtido um resultado negativo
de aprendizagem e dada uma nova oportunidade ao aluno, prevalece o ao de
“melhorar” a nota do educando, para que assim ele seja aprovado.
Verificar
seria buscar “ver se algo é isso mesmo...”, “investigar a verdade de alguma
coisa...”. O processo de verificar começa com a observação, obtenção, analise de
sínteses ou dados de um objeto ou ato a ser verificado, e termina no momento em
que se alcança uma conclusão. Além disso a verificação não implica que o
sujeito retire dela novas e significativas consequências.
Avaliar seria “dar valor a...”, atribuindo
um valor ou qualidade a alguma coisa, que vem a implicar num posicionamento
positivo ou negativo de algo, podendo assim ter uma tomada de decisão favorável
ou desfavorável ao objeto avaliado, podendo haver uma consequente decisão de
ação. O ato de avaliar sugere um valor ou qualidade a um objeto, que por sua
vez e comparado com um determinado padrão de qualidade estabelecido para aquele
objeto, assim se pode obter um posicionamento, e a diante uma nova decisão, de
manter o objeto como esta ou atuar sobre ele.
Diante dos conceito que Luckesi
descreveu para verificação e avaliação, e percebendo que a verificação e uma
ação que “congela” o objeto e a avaliação vem por sua vez direcionar o objeto
numa trilha dinâmica de ação, afirma que as escolas brasileiras vem atuando com
verificação e não com avaliação da aprendizagem. Denota que a resultado da
aprendizagem esta sendo usado para classificar o educando, e assim se
encerrando, nada decorrendo daí.
Vendo que são muitos poucos os
professores que praticam o ato de avaliar, e assim compreendem os avanços,
limites e dificuldades que os educandos estão passando, Luckesi mais uma vez
reforça a ideia de que a pratica educacional brasileira vem, quase que na
totalidade, operando como verificação. Isto vem causando um processo negativo
para a melhoria da qualidade e do nível de aprendizagem dos educandos e
desenvolvendo um ciclo de medo nas crianças e jovens pela reprovação.
Se utilizando de fatos do
cotidiano, que comprovam que o movimento real da aferição da aprendizagem
escolar se resume em um ato de verificação e não de avaliação, e tendo em vista
que a avaliação seria o método mais indicado para a melhoria dos resultados da
aprendizagem do educando, Luckesi propõe no decorre do texto alguns
encaminhamentos para a melhor forma de condução do ensino escolar.
Em primeiro lugar propõe o uso da
avaliação do aproveitamento escolar, que não venha a ser a aprovação ou
reprovação do educando, mas o direcionamento que o educando venha a adquirir
conhecimentos e desenvolve-los. Mas para que a avaliação seja utilizada de
forma correta e necessário seguir um padrão mínimo de conhecimento, habilidades
e hábitos que os educandos devem
adquirir, diferentemente de notas, como ocorre hoje nas escolas. Com isto
Luckesi exemplifica no texto um tipo de avaliação que ele acha ser conveniente
para garantir a socialização do saber no contexto escolar.
Se pararmos para pensar quem esta
trabalhando no ensino deveria ao menos estar interessado em que os educandos
aprendam, mas Luckesi reforça que isto não ocorre, sabendo que a pratica da avaliação da aprendizagem, em seu
sentido pleno, só poderá ser adquirida se tal ato acontecer. Mas o sistema
social mostra o desinteresse em que o educando aprenda, já que a pouco
investimentos na ares de educação, tanto no ponto de vista financeiro como
também pedagógico.
Mesmo não querendo tratar da questão
do rigor cientifico e técnico, Luckesi o cita no texto como um dos
encaminhamentos para a melhor forma de condução do ensino escolar, acreditando
que se a pratica educativa ea avaliação sendo conduzidos com um determinado
rigor cientifico e técnico, a avaliação venha a ser tornar um instrumento
significativo da pratica educativa.
No capitulo IV do texto, Lukesi
volta mais uma vez a comentar sobre o
tema relacionado a diferença entre avaliar e examinar, pois vivenciando cenas
do cotidiano, onde ver a mudança de crianças que saem da fase um, do ensino
fundamental, para a fase dois, em relação sobre o que e a avaliação para elas,
acredita que os conceitos e valores dão um grande salto, para pior, reforça
dizendo. Essas crianças vinham de uma experiência de investimento no processo e
passaram para uma experiência de um investimento no produto. Acredita que o ato
de examinar não se preocupa se os estudantes aprenderam com qualidade, mas
somente classifica os que aprenderam e os que não aprenderam.
Luckesi ver a avaliação como
diagnostica, pois tem como função investigar a qualidade do desempenho dos
estudantes, podendo assim proceder ou não em uma interrupção para uma melhoria
dos resultados, achando importante verificar o que foi aprendido como também o
que não foi e ainda precisa ser reforçado. Assim o educador estará investido no
processo e não só no produto. E cita mais uma vez as crianças, que acredita
terem sofrido imposições da autoridade do sistema escola, e passaram a se
importar com as notas e não mais com o aprendizado.
Investir apenas no produto e o mesmo
que aceitar a nota que o aluno tirou, e que ele não consegue ir além daquilo,
assim dando por encerrado o processo. Não importando o resultado, seja ele
positivo ou negativo, foi esse o obtido pelo educando. Já se for levar em
consideração o processo, caso o aluno tenha um resultado negativo, terá que
intervi para que a aprendizagem seja positiva, assim de toda forma agindo para
atingir um produto, mas não qualquer produto, o melhor produto buscado.
Para Luckesi a pedagogia que esta por trás de
atividades escolares que buscam a preparação dos estudantes para o vestibular, e
uma pedagogia que trata o ser humano como um ser que nasce pronto, não como um
ser inacabado, para que estes educadores
pratiquem o real significado de
avaliação, e preciso que eles vejam o educando como um ser em movimento. “Os
resultados não nos chegam, eles são construídos”.
Luckesi termina este capitulo com um
discurso dizendo que já esta mais do que na hora de por em pratica tudo o que
foi discutido, esta na hora de investir no processo, pois só assim crianças e
adolescentes criaram para si mesmo os valores que lhes orientaram na vida,
abandonando esta ideia de buscar notas e não a qualidade. A avaliação da
aprendizagem, deve ser absolvida para dentro das salas de aula, transformando
bons discursos em boas ações.
No capitulo V Lukesi cita três razoes que geram dificuldades para que os
professores passem a deixar de lado
hábitos antigos, que utilizam o exame, para novos hábitos que venha a
utilizar a avaliação. A primeira razão seria as contribuições da historia da
educação, a segunda o modelo de sociedade no qual vivemos e por ultimo a
repetição inconsciente que ocorreu com cada um de nós, ao longo de nossa vida
escolar.
Ao final de seu texto Lukesi convida a todos
os educadores a deixar as praticas antigas de lado e inovar com novas praticas,
pois acredita ser este o principal caminho par se obter bons resultados, no que
se diz respeito aos educandos, na aprendizagem escolar. Ainda a um grande
caminho a ser percorrido para que a avaliação venha a substituir o ato de
examinar.
Referencia bibliográfica
LUCKESI, Cipriano Carlos. Verificação ou avaliação: o que pratica a escola? In: LUCKESI,
Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e proposições. 22.
Ed. São Paulo: Cortez, 2011, p. 45-60.
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