A exclusão escolar pode ter como principal fator as más praticas avaliativas que vem sendo desenvolvidas na escola, esta deixa o aluno com receio de continuar no processo de aprendizagem. o professor deve ter muito cuidado ao avaliar seu aluno, deve buscar entender seus sentimentos, cotidiano, a historia de sua vida, pois tudo isso reflete no cotidiano escolar, alem de observar que cada aluno tem uma diferente maneira de aprender e também de mostrar o que aprendeu.
Novos olhares sobre a avaliação,
Jussara Hoffmann.
(síntese
reflexiva)
O
presente texto ira tratar de uma síntese reflexiva do texto “ novos olhares
sobre a avaliação de Jussara Hoffmann. No
inicio de seu texto, Jussara coloca algumas questões sobre a exclusão que a
avaliação vem provocando nas escolas, a avaliação vem sendo um obstáculo para
muitas crianças e jovens que necessitam ingressar de uma serie para a outra,
como os métodos de avaliação isto vem sendo cada dia mais difícil, e faz com
que seja tirado o direito de muitos a terem uma educação progressiva e
continua. Jussara conta algumas historia que representam bem as situações
citadas à cima.
Após
descrever brevemente a historia de três estudantes, de diferentes graus de
ensino, Jussara reforça que o uso de testes e outros procedimentos avaliativos,
é um massacre a vidas dos estudantes, pois estes são falhos no que se diz
respeito a uma compreensão total da aprendizagem. O que falta nos institutos de educação e uma
ação educativa e de respeito e acompanhamento do desenvolvimento dos alunos.
Jussara ainda cita em seu texto o vestibular como sendo o mais trágico processo
de exclusão escolar.
Em
seguida ela faz umas colocações bem interessantes e de fácil visualização, em
nosso cotidiano, em relação às praticas avaliativas, que vem sendo cada vez
mais estreitas e padronizadas, impedido que se enxergue o aluno como humano
possuidor de um desenvolvimento singular. Ao decorrer do texto a autora cita
alguns princípios, a seu ver, que fundamentam as pratica avaliativas discutidas
em seu texto.
E
lançada no texto a seguinte interrogação: serão os professores os responsáveis
pelo fracasso dos alunos? Em seguida Jussara comenta sobre o primeiro principio
que seria o comprometimento do educador e da escola com o juízo de valor
emitido sobre o educando. Neste sentido o professor interpreta o que ver a
partir de suas experiências de vida, sentimentos e teorias, por isso e muito
difíceis para o professor dar-se conta de tal acontecimento, e acaba avaliando
seu aluno de acordo com suas interpretações, que nem sempre estão de acordo com
a verdadeira realidade, além disso, o professor avalia seu aluno partir do seu
grau de saber sobre uma disciplina ou área de conhecimento.
Jussara
afirma que querendo ou não, a partir das situações citadas a cima, o professor
participa da construção de uma realidade escolar seletiva e excludente. O
professor acaba centrado em sua ideia e não percebe o aluno. O aluno não e
olhado a partir sua realidade concreta, de seus sentimentos, também não se
preocupa em entender suas duvidas. E assim muitas crianças acabam despercebidas
no ambiente escolar.
Prosseguindo,
a autora lança mais um questionamento no texto, como tornar o professor
consciente do seu envolvimento, do seu compromisso? Ela responde a partir da
posição de Piaget, que diz que são as dificuldades que despertam a consciência
das pessoas sobre sua ação, que tornam possível clarifica-la e compreende-la.
Segundo Jussara o educador precisa tomar consciência sobre o caráter subjetivo
da avaliação, que vem sendo discutido há algum tempo, mas sem resultados
positivos. Assim a autora conclui dizendo que os professores não são os
culpados pela situação dos alunos mais sim os responsáveis, podendo vir a ser
culpados, dependendo de seu posicionamento.
Em
seguida a autora entra na questão do segundo principio que fundamentam as
praticas avaliativas, que esta relacionada ao respeito das diferenças entre os
alunos, tendo em vista que exige sensibilidade, humanidade e cooperação entre
os professores. Jussara articula sobre a critica que as escolas e universidades
vem sofrendo, pela falta de respeito às diferenças individuais de cada aluno,
sendo eles tratados como algo negativo, ou ate mesmo anormais.
Gardner
(1995), e citado no texto de Jussara, pois diz que a intenção das escolas de
tratar seus alunos de forma igual, e assim aplicando os mesmos tipos de teste,
e inadequado em termos científicos e ofensiva em termos éticos. Muitos dos
testes produzidos, são feitos para mascarar as diferenças e não para
identifica-las. Sendo assim são poucos os alunos, que possui diferenças, que
sobrevivem as comparações, constantemente feitas em sala de aula, que resultam na exclusão e seletividade das
escolas. Tais escolas são incapazes de perceber e valorizar as ricas
experiências de vidas e diferentes formas de pensar de muitas crianças e jovens
diferentes. Para Jussara, segundo Piaget, os professores só enxergaram essas
diferenças, quando adquirirem a capacidade de se colocar racionalmente no ponto
de vista de outras pessoas.
Jussara
relata em seu texto, que o professor deve considerar que a investigação e
compreensão das diferenças entre os alunos e suas limitações, pois estas sempre
iram existir, deve ser assim compreendida como uma das mais significativas
tarefas dos professores e não uma barreira em seu trabalho. O aluno por sua vez
pode superar suas dificuldades de desenvolvimento moral e intelectual, se assim
forem integrados em uma escola que amplie e enriqueça suas vivencias e experiências.
Seguindo
a teoria de Piaget, sobre as etapas da vida, que vem a serem altamente significativas
e precedentes as próximas conquistas, Jussara referindo-se ao processo
avaliativo, destaca a importância de uma ação pedagógica problematizada e
favorecedora de obstáculos que provoquem o surgimento dos equilíbrios como
percursores de novas tentativas e erros, em busca da superação, abrindo assim
novas possibilidades de entendimentos para os educandos. Jussara conclui
dizendo que deve haver um olhar de respeito às diferenças dos estudantes, os
educadores devem procurar conhece-los e admira-los do jeito que cada um e, em
sua singularidade, ao em vez de compara-los com os demais.
O
texto difunde mais um questionamento: a competitividade, na escola, não estaria
preparando os estudantes a viver em nossa sociedade, altamente competitiva? Jussara
mostra que a competitividade na sociedade inicia-se no ambiente escolar. Desde
cedo esta competitividade e estimulada em sala de aula, tendo em vista que os
alunos que “sabem mais” são valorizados, e os que “não sabem” são humilhados,
quando os alunos comparam as notas que obterão nos testes, negam ajudar os
alunos que possuem dificuldades, e se enturmam com os que “mais sabem” estão
promovendo a exclusão e a competitividade na sala de aula.
Muitas
das praticas escolares, que procuram promover a união e solidariedade entre os
alunos, são praticas que acentuam a competitividade e a diferença entre grupos.
Jussara mostra que são muitas dessas pratica, como por exemplo, a de manter a
mesma turma durante o decorrer dos anos, faz com que os que possuem
dificuldades, tenham duvidas fiquem com certo receio de se manifestar, já que
são postos como “conhecidos”, por seus colegas e professores, estas praticas
dificultam ainda mais a aprendizagem dos mesmos.
Jussara
cita as provas de seleção, seja ela nas escolas ou para o vestibular, como
fortes responsáveis em gerar entre os estudantes a competitividade ao
individualismo, quando já ingressos na escola ou universidade este sentimento e
reforçado no processo avaliativo, estabelecendo classificações, criando
premiações. O que deve ser praticado nas escolas são processos que venham
implicar um olhar valorativo e investigador sobre as diferentes formas de ser e
pensar dos educandos e dos educadores, assim podendo ultrapassar o
individualismo melhorando a produção de conhecimento escolar. Uma problemática
e a autora levam em conta, e a que os professores são entre os profissionais em
geral, os que menos discutem com seus colegas seus métodos de trabalho, sua
matéria e também, observações sobre os alunos, dificultando assim, muitas
praticas de aprendizagem.
Um
dos pontos que Jussara discutir em seu texto, e o tempo que os professores têm
para cumprir suas tarefas, já que este tempo e fragmentado para que ele possa
exercer varias tarefas. Por exemplo, durante um ano letivo, o professor deve
expor o conteúdo de sua disciplina, preparar avaliações, avaliar, dar as medias
semestrais, as finais e assim por diante. Com tantas tarefas a serem realizadas
o professor encontra dificuldades, ou ate mesmo, falta de tempo para perceber
as diferenças e limitações de seus alunos.
Seria
necessário um espaço de tempo maior para que o professor trabalhasse, e assim
tivesse uma boa base para sustentar o conhecimento que o aluno vai adquirindo. Mesmo
que o aluno passe mais tempo para adquirir certos conteúdos, isto seria
bastante proveitoso, pois este permaneceria solido em sua aprendizagem. Jussara
relata também em seu texto a dificuldade que o professor encontra em perceber
uma grande quantidade de alunos em um curto período de tempo. Mesmo assim devem
ser respeitadas as diferenças dos alunos no seu tempo de construção do
conhecimento.
Jussara
assim, conclui seu texto com uma citação de Freire, onde ele diz, “agente tem
que lutar pra torna possível o que ainda não e possível. Isto faz parte da
tarefa histórica de redesenhar e construir o mundo” (julho de 1991). Devem-se
rever as praticas avaliativas que no momento limita e exclui os educandos, sair
apenas de debates, mas por em pratica o que vem sendo debatido, e as possíveis
soluções para uma avaliação que venha ser proveitosa para todos independentes
de suas diferenças ou limitações.
Referencia bibliográfica: HOFFMANN,
Jussara. Pontos & contrapontos do pensar ao agir em avaliação. 10. Ed.
Porto Alegre: Mediação, 2005.
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