segunda-feira, 30 de novembro de 2015

              A exclusão escolar pode ter como principal fator as más praticas avaliativas que vem sendo desenvolvidas na escola, esta deixa o aluno com receio de continuar no processo de aprendizagem. o professor deve ter muito cuidado ao avaliar seu aluno, deve buscar entender seus sentimentos, cotidiano, a historia de sua vida, pois tudo isso reflete no cotidiano escolar, alem de observar que cada aluno tem uma diferente maneira de aprender e também de mostrar o que aprendeu.    


Novos olhares sobre a avaliação, Jussara Hoffmann.
(síntese reflexiva)

O presente texto ira tratar de uma síntese reflexiva do texto “ novos olhares sobre a avaliação de Jussara Hoffmann.  No inicio de seu texto, Jussara coloca algumas questões sobre a exclusão que a avaliação vem provocando nas escolas, a avaliação vem sendo um obstáculo para muitas crianças e jovens que necessitam ingressar de uma serie para a outra, como os métodos de avaliação isto vem sendo cada dia mais difícil, e faz com que seja tirado o direito de muitos a terem uma educação progressiva e continua. Jussara conta algumas historia que representam bem as situações citadas à cima.
Após descrever brevemente a historia de três estudantes, de diferentes graus de ensino, Jussara reforça que o uso de testes e outros procedimentos avaliativos, é um massacre a vidas dos estudantes, pois estes são falhos no que se diz respeito a uma compreensão total da aprendizagem.  O que falta nos institutos de educação e uma ação educativa e de respeito e acompanhamento do desenvolvimento dos alunos. Jussara ainda cita em seu texto o vestibular como sendo o mais trágico processo de exclusão escolar.
Em seguida ela faz umas colocações bem interessantes e de fácil visualização, em nosso cotidiano, em relação às praticas avaliativas, que vem sendo cada vez mais estreitas e padronizadas, impedido que se enxergue o aluno como humano possuidor de um desenvolvimento singular. Ao decorrer do texto a autora cita alguns princípios, a seu ver, que fundamentam as pratica avaliativas discutidas em seu texto.
E lançada no texto a seguinte interrogação: serão os professores os responsáveis pelo fracasso dos alunos? Em seguida Jussara comenta sobre o primeiro principio que seria o comprometimento do educador e da escola com o juízo de valor emitido sobre o educando. Neste sentido o professor interpreta o que ver a partir de suas experiências de vida, sentimentos e teorias, por isso e muito difíceis para o professor dar-se conta de tal acontecimento, e acaba avaliando seu aluno de acordo com suas interpretações, que nem sempre estão de acordo com a verdadeira realidade, além disso, o professor avalia seu aluno partir do seu grau de saber sobre uma disciplina ou área de conhecimento.
Jussara afirma que querendo ou não, a partir das situações citadas a cima, o professor participa da construção de uma realidade escolar seletiva e excludente. O professor acaba centrado em sua ideia e não percebe o aluno. O aluno não e olhado a partir sua realidade concreta, de seus sentimentos, também não se preocupa em entender suas duvidas. E assim muitas crianças acabam despercebidas no ambiente escolar.
Prosseguindo, a autora lança mais um questionamento no texto, como tornar o professor consciente do seu envolvimento, do seu compromisso? Ela responde a partir da posição de Piaget, que diz que são as dificuldades que despertam a consciência das pessoas sobre sua ação, que tornam possível clarifica-la e compreende-la. Segundo Jussara o educador precisa tomar consciência sobre o caráter subjetivo da avaliação, que vem sendo discutido há algum tempo, mas sem resultados positivos. Assim a autora conclui dizendo que os professores não são os culpados pela situação dos alunos mais sim os responsáveis, podendo vir a ser culpados, dependendo de seu posicionamento.
Em seguida a autora entra na questão do segundo principio que fundamentam as praticas avaliativas, que esta relacionada ao respeito das diferenças entre os alunos, tendo em vista que exige sensibilidade, humanidade e cooperação entre os professores. Jussara articula sobre a critica que as escolas e universidades vem sofrendo, pela falta de respeito às diferenças individuais de cada aluno, sendo eles tratados como algo negativo, ou ate mesmo anormais.
Gardner (1995), e citado no texto de Jussara, pois diz que a intenção das escolas de tratar seus alunos de forma igual, e assim aplicando os mesmos tipos de teste, e inadequado em termos científicos e ofensiva em termos éticos. Muitos dos testes produzidos, são feitos para mascarar as diferenças e não para identifica-las. Sendo assim são poucos os alunos, que possui diferenças, que sobrevivem as comparações, constantemente feitas em sala de aula,  que resultam na exclusão e seletividade das escolas. Tais escolas são incapazes de perceber e valorizar as ricas experiências de vidas e diferentes formas de pensar de muitas crianças e jovens diferentes. Para Jussara, segundo Piaget, os professores só enxergaram essas diferenças, quando adquirirem a capacidade de se colocar racionalmente no ponto de vista de outras pessoas.
Jussara relata em seu texto, que o professor deve considerar que a investigação e compreensão das diferenças entre os alunos e suas limitações, pois estas sempre iram existir, deve ser assim compreendida como uma das mais significativas tarefas dos professores e não uma barreira em seu trabalho. O aluno por sua vez pode superar suas dificuldades de desenvolvimento moral e intelectual, se assim forem integrados em uma escola que amplie e enriqueça suas vivencias e experiências.
Seguindo a teoria de Piaget, sobre as etapas da vida, que vem a serem altamente significativas e precedentes as próximas conquistas, Jussara referindo-se ao processo avaliativo, destaca a importância de uma ação pedagógica problematizada e favorecedora de obstáculos que provoquem o surgimento dos equilíbrios como percursores de novas tentativas e erros, em busca da superação, abrindo assim novas possibilidades de entendimentos para os educandos. Jussara conclui dizendo que deve haver um olhar de respeito às diferenças dos estudantes, os educadores devem procurar conhece-los e admira-los do jeito que cada um e, em sua singularidade, ao em vez de compara-los com os demais.
O texto difunde mais um questionamento: a competitividade, na escola, não estaria preparando os estudantes a viver em nossa sociedade, altamente competitiva? Jussara mostra que a competitividade na sociedade inicia-se no ambiente escolar. Desde cedo esta competitividade e estimulada em sala de aula, tendo em vista que os alunos que “sabem mais” são valorizados, e os que “não sabem” são humilhados, quando os alunos comparam as notas que obterão nos testes, negam ajudar os alunos que possuem dificuldades, e se enturmam com os que “mais sabem” estão promovendo a exclusão e a competitividade na sala de aula.
Muitas das praticas escolares, que procuram promover a união e solidariedade entre os alunos, são praticas que acentuam a competitividade e a diferença entre grupos. Jussara mostra que são muitas dessas pratica, como por exemplo, a de manter a mesma turma durante o decorrer dos anos, faz com que os que possuem dificuldades, tenham duvidas fiquem com certo receio de se manifestar, já que são postos como “conhecidos”, por seus colegas e professores, estas praticas dificultam ainda mais a aprendizagem dos mesmos.
Jussara cita as provas de seleção, seja ela nas escolas ou para o vestibular, como fortes responsáveis em gerar entre os estudantes a competitividade ao individualismo, quando já ingressos na escola ou universidade este sentimento e reforçado no processo avaliativo, estabelecendo classificações, criando premiações. O que deve ser praticado nas escolas são processos que venham implicar um olhar valorativo e investigador sobre as diferentes formas de ser e pensar dos educandos e dos educadores, assim podendo ultrapassar o individualismo melhorando a produção de conhecimento escolar. Uma problemática e a autora levam em conta, e a que os professores são entre os profissionais em geral, os que menos discutem com seus colegas seus métodos de trabalho, sua matéria e também, observações sobre os alunos, dificultando assim, muitas praticas de aprendizagem.
Um dos pontos que Jussara discutir em seu texto, e o tempo que os professores têm para cumprir suas tarefas, já que este tempo e fragmentado para que ele possa exercer varias tarefas. Por exemplo, durante um ano letivo, o professor deve expor o conteúdo de sua disciplina, preparar avaliações, avaliar, dar as medias semestrais, as finais e assim por diante. Com tantas tarefas a serem realizadas o professor encontra dificuldades, ou ate mesmo, falta de tempo para perceber as diferenças e limitações de seus alunos.
Seria necessário um espaço de tempo maior para que o professor trabalhasse, e assim tivesse uma boa base para sustentar o conhecimento que o aluno vai adquirindo. Mesmo que o aluno passe mais tempo para adquirir certos conteúdos, isto seria bastante proveitoso, pois este permaneceria solido em sua aprendizagem. Jussara relata também em seu texto a dificuldade que o professor encontra em perceber uma grande quantidade de alunos em um curto período de tempo. Mesmo assim devem ser respeitadas as diferenças dos alunos no seu tempo de construção do conhecimento.
Jussara assim, conclui seu texto com uma citação de Freire, onde ele diz, “agente tem que lutar pra torna possível o que ainda não e possível. Isto faz parte da tarefa histórica de redesenhar e construir o mundo” (julho de 1991). Devem-se rever as praticas avaliativas que no momento limita e exclui os educandos, sair apenas de debates, mas por em pratica o que vem sendo debatido, e as possíveis soluções para uma avaliação que venha ser proveitosa para todos independentes de suas diferenças ou limitações.



Referencia bibliográfica: HOFFMANN, Jussara. Pontos & contrapontos do pensar ao agir em avaliação. 10. Ed. Porto Alegre: Mediação, 2005.   

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