segunda-feira, 30 de novembro de 2015

      
o seguinte texto ira contar um pouco, o que lembro na verdade, sobre minha vida escolar, relatar como eram as aulas, falar um pouco dos professores que marcaram este período de min ha vida, e de como ocorria as avaliações.  





  Um relato sobre minhas avaliações ( Silvana Silva)

Avaliar não se resume em medir ou classificar o conhecimento do educando, pois este não se mede nem ao menos se classifica, mas sim em identificar seu conhecimento sobre alguma disciplina, ou área, e assim poder interferir, se necessário, para que seu conhecimento se torne algo solido. Depois de muito estudar, ler textos, e entender um pouco sobre o real sentido de avaliar, fui desafiada com a proposta de relembrar o processo de avaliação, o qual vem participando como aluna, para assim poder perceber de outra forma o verdadeiro processo de avaliar nas escolas do brasil.
Desde o começo de minha vida escolar, ate onde lembro, a avaliação como na maioria das escolas são provas subjetivas, de marca x, verdadeiro ou falso, as quais no final e feito um calculo e dada uma nota. Quando esta nota esta abaixo do padrão exigido, no meu caso maior ou igual a sete, e feita uma nova avaliação, a chamada recuperação. A recuperação serve para melhorar a nota, como já diz a frase anterior “melhorar a nota”, e não o conhecimento do aluno, onde ele demostrou através da nota que não adquiriu o conhecimento necessário.
Quando o conhecimento necessário não e adquirido pelo aluno, no meu ver o professor tem como obrigação rever, ou corrigir junto ao aluno sua prova, assim explicar a ele onde estão seus erros, além de dialogar um pouco com seu aluno para poder entender onde esta sua dificuldade e agir exatamente naquele ponto, ao qual o aluno não consegue entender. Nas vezes em que fiz recuperação raramente o professor fez uma revisão do assunto, e nunca nenhum de meus professores mim explicou o que eu havia errado na prova.
Pra falar a verdade o processo escolar e falho desde o principal, ou seja, a partir do momento que o professor começa explicar o conteúdo para a prova, o aluno não estimulado a aprender ama, mas sim a decorar. Em muitas de minhas avaliações o professor deu o conteúdo, logo após fez um exercício com 10 questões onde tinha que decorar todas, pois cinco daquelas questões cairia na prova. Quando isto realmente acontecia tudo bem, mas quando o professor mudava as questões?
Pois bem, tanto já aconteceu comigo quando já ouvi reclamações de outros alunos dizendo: mas o professor não passou esta questão! Como e que eu ia saber responder? Como falei inicialmente esta e uma das reclamações de vários alunos. Diante destas situações podemos levantar um questionamento de por que muitos professores fazem esse tipo de coisa, que só vem prejudicar o aprendizado do aluno? Onde deveria acontecer o contrario, o professor deve ajudar o educando facilitando sua aprendizagem.
O professor deve ser o principal mediador do aprendizado, pois e ele quem conduzira o aluno no melhor caminho pra se buscar o conhecimento, pelo menos era assim que deveria ser, mas infelizmente e uma realidade ainda distante das escolas brasileiras, principalmente as publicas. Mesmo assim ainda a professores interessados na aprendizagem do aluno, vivi isso principalmente no ultimo ano do meu ensino médio, onde meu professor de física deixa de dar o assunto que fazia parte do planejamento da disciplina, para focar no conteúdo que iria cair no vestibular. Mas na verdade, hoje depois de muito estudar sobre avaliação da aprendizagem, tenho uma duvida se ele fez isto pensando na aprendizagem de nos educandos ou em nos treinar para passar no vestibular e fazer com que o nome da escola estivesse no ranguina das que mais aprovam alunos no vestibular.
O questionamento acima se deve principalmente ao ver que hoje as escolas buscam muito alcançar a sua fama na época de vestibulares, treinando seus alunos. No do município onde eu moro, o nome dos alunos e anunciado na radio da cidade, e já fazia muito tempo que esta escola cursou o terceiro ano tinha uma quantidade significativa de alunos aprovados nos vestibular, escola onde há alguns anos atrás era referencia do vale, mas que há algum tempo passava por problemas administrativos. Lembro-me bem que foram anunciados na radio do município a quantidade e nomes dos alunos aprovados naquele ano, e ate hoje e assim, isto acontece de maneira ainda mais visível com as escolas privadas aqui do vale, que fazem ate outdoor para anunciar seus alunos, assim aumentando sua fama.
Quando relembro o ambiente escolar, juntamente com os períodos de avaliações, também vêm em mente as competições que existiam entre os alunos, que queriam alcançar as maiores notas. Sempre existia aquela turminha que se consideravam os melhores, mas sem saber eles que nota não mede conhecimento de ninguém. Essas competições também aconteciam entre turmas, pois nesta escola que estudei a quantidade de alunos era bem grande, assim tinham as turmas do terceiro ano A, B, C e Dom as competições eram comuns entre estas turmas, e ainda por cima tinha aqueles alunos que agradavam o professor, mais conhecidos como “babões”, para terem uma maior notar de participação no final do semestre.
Falando em participação, também eram muito comuns os pontos de participação, estes pontos eram dados aos alunos que participavam oralmente da aula, e muitas vez, principalmente nas disciplinas de calculo o aluno era convidado a responder uma questão no quadro e assim ganhava um ou dois pontos na prova, e existia também o tipo de exercício pontuado. Estes tipos de atividades eram usados para estimular os alunos, segundo os professores, e os alunos eram levados por isso, pensavam que chegando ao final dos semestres quando o professor ia calcular sua media e juntava aqueles pontos iria obter uma nota maior, isto realmente acontecia, e assim o tal aluno ficava se achando o melhor, sem saber que seu conhecimento poderia ser ate menor do que o outro colega que ficou com uma mediam mais baixa.
Chegando a época do resultado dos vestibulares a tensão aumentava, e a competição mais ainda, quem havia tirado a maior nota? De quem foi a melhor colocação? Bom, as comparações aconteciam ali mesmo nos corredores e salas de aula, quem tinha tirado uma boa nota tinha o maior gosto de falar em voz alta quando seus colegas passavam, para que eles escutassem e soubessem que ele era o “melhor”. Sem falar que ainda tinham aqueles alunos que vinham desde cedo passando por uma dificuldade na escola, e quando chegava à prova do vestibular marcava as alternativas fazendo “une duni d” e mesmo assim passavam no vestibular e ficavam com uma impressão que tinham adquirido o conhecimento necessário.
Revendo todas essas questão também nota que o método de ensino utilizado pelos professores sempre foram os mesmos, desde o fundamental ate agora na universidade. Para reforçar esta situação irei usar um exemplo que vivi dentro da universidade em uma disciplina de programação. Esta disciplina e uma das que mais reprovam na área, vários alunos trabalham em seus Tacos para saber por que isto acontece muito desses alunos e orientado pela professora que ministra aulas da disciplina, e sempre vem à mesma resposta, que os alunos se dedicam pouco, porque e uma disciplina complicada, e tal. Mas para mim o problema esta no método que o professor utiliza, pois já tentei pagar esta disciplina três vezes com o mesmo professor, e ele nunca mudou seu método de ensino.
Avaliação deveria ser utilizada para ajudar os educadores a observar as dificuldades, limites de seus alunos, para assim melhorarem a educação, além disso, também para que eles pudessem avaliar a si mesmo, para sempre que possível mudarem seus métodos de ensino, buscando florescer em seus alunos um conhecimento solida e duradouro. Sendo assim e notório que este processo de avaliar vem acontecendo posto de maneira errada desde a época de meus avós, pais passando por mim e hoje e provavelmente pelos meus filhos também. Ainda a um grande caminho a ser trilhado para que a avaliação deixe de ser um instrumento de verificação, sendo assim cabe a nós licenciando da atualidade, a mudar esta perspectiva da avaliação da aprendizagem.     

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