o seguinte texto ira contar um pouco, o que lembro na verdade, sobre minha vida escolar, relatar como eram as aulas, falar um pouco dos professores que marcaram este período de min ha vida, e de como ocorria as avaliações.
Um relato sobre minhas avaliações (
Silvana Silva)
Avaliar
não se resume em medir ou classificar o conhecimento do educando, pois este não
se mede nem ao menos se classifica, mas sim em identificar seu conhecimento
sobre alguma disciplina, ou área, e assim poder interferir, se necessário, para
que seu conhecimento se torne algo solido. Depois de muito estudar, ler textos,
e entender um pouco sobre o real sentido de avaliar, fui desafiada com a
proposta de relembrar o processo de avaliação, o qual vem participando como
aluna, para assim poder perceber de outra forma o verdadeiro processo de
avaliar nas escolas do brasil.
Desde
o começo de minha vida escolar, ate onde lembro, a avaliação como na maioria
das escolas são provas subjetivas, de marca x, verdadeiro ou falso, as quais no
final e feito um calculo e dada uma nota. Quando esta nota esta abaixo do
padrão exigido, no meu caso maior ou igual a sete, e feita uma nova avaliação,
a chamada recuperação. A recuperação serve para melhorar a nota, como já diz a
frase anterior “melhorar a nota”, e não o conhecimento do aluno, onde ele
demostrou através da nota que não adquiriu o conhecimento necessário.
Quando
o conhecimento necessário não e adquirido pelo aluno, no meu ver o professor
tem como obrigação rever, ou corrigir junto ao aluno sua prova, assim explicar
a ele onde estão seus erros, além de dialogar um pouco com seu aluno para poder
entender onde esta sua dificuldade e agir exatamente naquele ponto, ao qual o
aluno não consegue entender. Nas vezes em que fiz recuperação raramente o
professor fez uma revisão do assunto, e nunca nenhum de meus professores mim
explicou o que eu havia errado na prova.
Pra
falar a verdade o processo escolar e falho desde o principal, ou seja, a partir
do momento que o professor começa explicar o conteúdo para a prova, o aluno não
estimulado a aprender ama, mas sim a decorar. Em muitas de minhas avaliações o
professor deu o conteúdo, logo após fez um exercício com 10 questões onde tinha
que decorar todas, pois cinco daquelas questões cairia na prova. Quando isto
realmente acontecia tudo bem, mas quando o professor mudava as questões?
Pois
bem, tanto já aconteceu comigo quando já ouvi reclamações de outros alunos
dizendo: mas o professor não passou esta questão! Como e que eu ia saber
responder? Como falei inicialmente esta e uma das reclamações de vários alunos.
Diante destas situações podemos levantar um questionamento de por que muitos
professores fazem esse tipo de coisa, que só vem prejudicar o aprendizado do
aluno? Onde deveria acontecer o contrario, o professor deve ajudar o educando
facilitando sua aprendizagem.
O professor
deve ser o principal mediador do aprendizado, pois e ele quem conduzira o aluno
no melhor caminho pra se buscar o conhecimento, pelo menos era assim que
deveria ser, mas infelizmente e uma realidade ainda distante das escolas
brasileiras, principalmente as publicas. Mesmo assim ainda a professores
interessados na aprendizagem do aluno, vivi isso principalmente no ultimo ano
do meu ensino médio, onde meu professor de física deixa de dar o assunto que
fazia parte do planejamento da disciplina, para focar no conteúdo que iria cair
no vestibular. Mas na verdade, hoje depois de muito estudar sobre avaliação da
aprendizagem, tenho uma duvida se ele fez isto pensando na aprendizagem de nos
educandos ou em nos treinar para passar no vestibular e fazer com que o nome da
escola estivesse no ranguina das que mais aprovam alunos no vestibular.
O
questionamento acima se deve principalmente ao ver que hoje as escolas buscam
muito alcançar a sua fama na época de vestibulares, treinando seus alunos. No
do município onde eu moro, o nome dos alunos e anunciado na radio da cidade, e
já fazia muito tempo que esta escola cursou o terceiro ano tinha uma quantidade
significativa de alunos aprovados nos vestibular, escola onde há alguns anos
atrás era referencia do vale, mas que há algum tempo passava por problemas
administrativos. Lembro-me bem que foram anunciados na radio do município a
quantidade e nomes dos alunos aprovados naquele ano, e ate hoje e assim, isto
acontece de maneira ainda mais visível com as escolas privadas aqui do vale,
que fazem ate outdoor para anunciar seus alunos, assim aumentando sua fama.
Quando
relembro o ambiente escolar, juntamente com os períodos de avaliações, também vêm
em mente as competições que existiam entre os alunos, que queriam alcançar as
maiores notas. Sempre existia aquela turminha que se consideravam os melhores,
mas sem saber eles que nota não mede conhecimento de ninguém. Essas competições
também aconteciam entre turmas, pois nesta escola que estudei a quantidade de
alunos era bem grande, assim tinham as turmas do terceiro ano A, B, C e Dom as
competições eram comuns entre estas turmas, e ainda por cima tinha aqueles
alunos que agradavam o professor, mais conhecidos como “babões”, para terem uma
maior notar de participação no final do semestre.
Falando
em participação, também eram muito comuns os pontos de participação, estes
pontos eram dados aos alunos que participavam oralmente da aula, e muitas vez,
principalmente nas disciplinas de calculo o aluno era convidado a responder uma
questão no quadro e assim ganhava um ou dois pontos na prova, e existia também
o tipo de exercício pontuado. Estes tipos de atividades eram usados para
estimular os alunos, segundo os professores, e os alunos eram levados por isso,
pensavam que chegando ao final dos semestres quando o professor ia calcular sua
media e juntava aqueles pontos iria obter uma nota maior, isto realmente
acontecia, e assim o tal aluno ficava se achando o melhor, sem saber que seu
conhecimento poderia ser ate menor do que o outro colega que ficou com uma mediam
mais baixa.
Chegando
a época do resultado dos vestibulares a tensão aumentava, e a competição mais
ainda, quem havia tirado a maior nota? De quem foi a melhor colocação? Bom, as
comparações aconteciam ali mesmo nos corredores e salas de aula, quem tinha
tirado uma boa nota tinha o maior gosto de falar em voz alta quando seus colegas
passavam, para que eles escutassem e soubessem que ele era o “melhor”. Sem
falar que ainda tinham aqueles alunos que vinham desde cedo passando por uma
dificuldade na escola, e quando chegava à prova do vestibular marcava as
alternativas fazendo “une duni d” e mesmo assim passavam no vestibular e
ficavam com uma impressão que tinham adquirido o conhecimento necessário.
Revendo
todas essas questão também nota que o método de ensino utilizado pelos
professores sempre foram os mesmos, desde o fundamental ate agora na
universidade. Para reforçar esta situação irei usar um exemplo que vivi dentro
da universidade em uma disciplina de programação. Esta disciplina e uma das que
mais reprovam na área, vários alunos trabalham em seus Tacos para saber por que
isto acontece muito desses alunos e orientado pela professora que ministra
aulas da disciplina, e sempre vem à mesma resposta, que os alunos se dedicam
pouco, porque e uma disciplina complicada, e tal. Mas para mim o problema esta
no método que o professor utiliza, pois já tentei pagar esta disciplina três
vezes com o mesmo professor, e ele nunca mudou seu método de ensino.
Avaliação deveria ser
utilizada para ajudar os educadores a observar as dificuldades, limites de seus
alunos, para assim melhorarem a educação, além disso, também para que eles
pudessem avaliar a si mesmo, para sempre que possível mudarem seus métodos de
ensino, buscando florescer em seus alunos um conhecimento solida e duradouro.
Sendo assim e notório que este processo de avaliar vem acontecendo posto de
maneira errada desde a época de meus avós, pais passando por mim e hoje e
provavelmente pelos meus filhos também. Ainda a um grande caminho a ser
trilhado para que a avaliação deixe de ser um instrumento de verificação, sendo
assim cabe a nós licenciando da atualidade, a mudar esta perspectiva da
avaliação da aprendizagem.
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